A INTEGRAL DEFINIDA: CONCEITOS E PROPRIEDADES
O conceito de integral definida pode ser motivado pela consideração da área delimitada pela curva
, o eixo
e as ordenadas em
e
. Pode-se, entretanto, formular a definição sem apelar para a geometria.
Subdividimos o intervalo
em
subintervalos, por meio dos pontos
,
escolhidos arbitrariamente. Em cada um dos novos intervalos
escolhemos, também arbitrariamente, os pontos
,
e formemos a soma
Fazendo
,
e
, podemos escrever
Geometricamente, esta soma representa a área total de todos os retângulos na figura acima. Aumentando o número
de subdivisões, isto é, fazendo
segue que
. Se, como resultado disso, a soma
ou
tender para um limite que não dependa do modo da subdivisão do intervalo
, chamaremos este limite de integral definida de
de
a
e será representada por:
Na integral definida acima,
é o integrando,
o intervalo de integração,
o limite inferior de integração e
o limite superior de integração.
Definição 1: Dizemos que a função
é Riemann integrável em
ou simplesmente integrável no intervalo finito e fechado
, se o limite
existir e não depender da escolha da partição ou dos pontos
no subintervalo. Supõe-se que
e portanto, o limite superior de integração é maior que o limite inferior de integração.
Proposição 1: Se
é contínua no intervalo
, então ela é integrável em
.
Geometricamente, se
para
, o valor desta integral definida representa a área delimitada pela curva
, o eixo
, e as ordenadas
e
. Se
se torna ora positiva, ora negativa, a integral definida representa a soma algébrica das áreas acima e abaixo do eixo
, consideradas como positivas as áreas acima do referido eixo e como negativas as áreas abaixo dele.
Observação 1: Se
é uma função integrável em
, então o limite das somas à esquerda e à direita dadas por convergem para a integral definida de
em
. Portanto, podemos escrever
Observação 2: A integral definida depende somente da função
e dos limites de integração, não dependendo da variável de integração. Portanto, podemos escrever
Definição 1: Seja
integrável no intervalo
.
Se
estiver no domínio de
, definimos
Se
for integrável em
, então definimos
Teorema 1: Se
, então
Demonstração: De fato, seja
. Sendo esta função integrável, então
Teorema 2: Sejam
e
funções integráveis em
. Se
é uma constante, então
e
são integráveis em
. Além disso,
Demonstração: Subdividimos o intervalo
em $n$ subintervalos, por meio dos pontos
,
escolhidos arbitrariamente. Em cada um dos novos intervalos
,
escolhemos, também arbitrariamente, os pontos
,
.
Sendo
integrável em
, então
![= c\lim_{\Delta x_k \to 0}\sum_{k=1}^{n}f(\xi_k)\Delta x_k = c\int_{a}^{b} f(x)dx [;= c\lim_{\Delta x_k \to 0}\sum_{k=1}^{n}f(\xi_k)\Delta x_k = c\int_{a}^{b} f(x)dx;]](http://thewe.net/tex/=%20c%5Clim_%7B%5CDelta%20x_k%20%5Cto%200%7D%5Csum_%7Bk=1%7D%5E%7Bn%7Df%28%5Cxi_k%29%5CDelta%20x_k%20=%20c%5Cint_%7Ba%7D%5E%7Bb%7D%20f%28x%29dx)
Sendo
e
integráveis em
, então
O item ii) do Teorema 2, pode ser estendido a um número arbitrário de funções integráveis.
Teorema 3: Seja
uma função contínua em
e
para todo
Se
, então
Demonstração: Sendo
contínua em
ela é integrável e sendo ela não-negativa,
representa a área sob o gráfico de
de
a
. Analogamente, sendo
, as integrais
representam as áreas sob o gráfico de
de
a
e de
a
respectivamente. Sendo a área de
a
a soma das áreas menores, segue o resultado.
Teorema 4: Seja
uma função integrável em
. Se
para todo
em
, então
Demonstração: Sendo
integrável em
, a integral definida não depende da forma que subdividimos o intervalo
. Assim,
Sendo
para todo
, então
para
, donde segue o resultado.
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